terça-feira, 7 de junho de 2011 | By: Cinthya Bretas

O tempo que refaz o que refez: Quando o amor cai doente




Preciso não dormir Até se consumar
O tempo Da gente
Preciso conduzir Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Preciso descobrir no tempo que refaz o que refez:quando o último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.
Prometo te querer Até o amor cair
Doente  Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder Te encontro com certeza
Talvez no tempo da delicadeza Onde não diremos nada
Nada aconteceu 
Apenas seguirei como encantado
Ao lado seu




Quando se sabe que acabou?Quando se percebe que não há mais nada que possa ser feito? Que ali onde havia o amor mais verdadeiro e imortal nada restou além da mágoa e do ressentimento?
Ou antes, como descobrir a tempo que tudo o que se esta produzindo dentro de uma relação é somente um resíduo rancoroso e triste que se repete todos os dias?
Falta capacidade para entender? Perdeu a vontade de aceitar?Ficou impossível perdoar?
Como saber se ainda é possível continuar sem se ferir mais. Como se percebe se já trespassamos a linha tênue entre o esforço a mais para alcançar o objetivo desejado e o desperdício de tempo e energia?  O que nos sinaliza na certeza de que não vale à pena continuar lutando e que só nos resta juntar os pedaços de nós mesmos e tentar recomeçar?
Muitas perguntas de difícil resposta. Mas muitas delas em algum momento já devem ter passado pela sua cabeça enquanto procurava a solução deste quebra-cabeças e corações. Quando as relações se despedaçam como reaglutiná-las na velha amálgama tão funcional e lírica dos seus ideais perdidos?
 Tentamos arduamente fazer com que algo mágico aconteça. Que tudo milagrosamente se transforme em tudo que durante tanto tempo não se modificou, apesar das muitas tentativas.
Precisamos desta esperança e a arrastamos até o fim acreditando que poderemos ter nosso quinhão de felicidade ao final. Porém para que isto aconteça são necessários dois. Dois dispostos a tentar até o ultimo fio de cabelo. Dois para os quais a demanda de investimento seja de igual importância para ambos.
Mas, e se o outro não estiver na mesma sintonia? Temos medo até mesmo de aventar esta hipótese porque é imperativo, crucial, imprescindível acreditar que existe ainda uma relação onde simplesmente não existe mais uma relação.
Alguns poderão suportar tudo. Ofensas, humilhações e toda sorte de traições; ideológicas, carnais, mentais, morais e quantas mais. Alguns suportarão mais que a violência verbal. Suportarão a violência física pela tosca esperança de um fiapo de afeto estar entremeado nesta doença.
Verão ternura em todo e qualquer gesto grosseiro e esgarçarão todas as possíveis palpáveis e impalpáveis demonstrações de desconsideração a procura de um sinal de que ainda vale à pena penar num investimento vão.
Não é possível continuar. Admita!Escave seu coração no meio a toda confusão e aos dejetos deste amor  destrutivo e encontre a coragem necessária para deixar ir , libere para que novas possibilidades aconteçam.Deixe ir esta relação, esta dor, elas não lhe servem mais. Desapegue-se Houveram bons momentos? Que seja! Passaram do prazo, venceram! Não se estenderam além dos momentos bons que foram. Não foram bons e fortes o suficiente para embasar o amor. Ou o amor não foi o suficiente para alicerçá-los e ao final não passaram disto, momentos.

Portanto dê o reboot nesta história. Delete este excesso, limpe o HD e reinicie. Somente você pode se dar este presente. E este futuro. Sim, porque ele virá, cheio de possibilidades aonde você jamais imaginaria. E até quem sabe, trazendo este mesmo velho amor. Depois de remodelados pelas lições da vida, amadurecidos e capazes de amar de verdade, o tempo os pode reunir para uma outra narrativa, onde vocês não mais faltosos, se redimirão as falhas que se dão agora.   

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