sábado, 27 de novembro de 2010 | By: Cinthya Bretas

O que a ciência tem a dizer sobre a intimidade

A chave para manter viva a magia do casamento é encontrar meios para promover aspectos positivos; a maneira de lidar com boas notícias pode ser mais decisiva para o relacionamento que a capacidade de oferecer apoio um ao outro em situações difíceis. Veja o que a ciência tem a dizer sobre a intimidade
Relacionamentos íntimos, como o casamento, estão entre as mais importantes fontes de satisfação individual. Apesar de muitos casais entrarem nessa jornada com a melhor das intenções, muitos se separam ou permanecem juntos apesar da relação deteriorada. Entretanto, alguns continuam felizes e bem-sucedidos. Qual será o segredo? Alguns indícios surgem das últimas pesquisas no novo campo da psicologia positiva. Fundada em 1998 pelo psicólogo Martin E. P. Seligman, da Universidade da Pensilvânia, essa área inclui pesquisas sobre as emoções consideradas positivas, os pontos fortes dos seres humanos e o que é importante para a maioria das pessoas. Nos últimos anos, pesquisadores que se dedicam a esses estudos descobriram que casais satisfeitos são propensos a acentuar mais o lado bom da vida, diferentemente daqueles que continuam juntos apesar de infelizes ou que se separam. Eles não apenas lidam bem com as adversidades, mas também celebram os momentos felizes e trabalham para construir e reforça situações favoráveis.
É possível que a forma de um casal lidar com as boas notícias seja ainda mais relevante para a o convívio que a capacidade de se apoiar mutuamente nas circunstâncias difíceis. Proporcionalmente, pessoas felizes com sua vida amorosa também experimentam individualmente mais emoções agradáveis que negativas, em comparação com aquelas envolvidas em relacionamentos fracassados. Certas estratégias costumam melhorar essa proporção e, portanto, ajudar a fortalecer as relações. Outro ingrediente para um relacionamento de sucesso: cultivar a paixão. Aprender a se dedicar à pessoa afetivamente importante em nossa vida, de forma saudável e prazerosa, favorece o amadurecimento emocional.
O que a ciência tem a dizer sobre a intimidade:
1. Excitação. O psicólogo Arthur Aron, da Universidade Stony Brook, descobriu que as pessoas tendem a se ligar emocionalmente quando estão agitadas, por exemplo, devido ao exercício, aventuras ou exposição a situações perigosas.
2. Bem pertinho. Estudos dos psicólogos sociais Leon Festinger e Robert Zajonc, da Universidade Stanford, concluíram que simplesmente estar perto de alguém tende a produzir sentimentos positivos. Quando uma pessoa, de forma consciente e proposital, permite que a outra invada seu espaço pessoal, os sentimentos de intimidade aumentam rapidamente. Talvez por isso seja mais fácil brigar por telefone do que quando estamos fisicamente próximos.
3. Semelhança. Opostos às vezes se atraem, mas uma pesquisa coordenada pelo economista comportamental Dan Ariely, da Universidade Duke e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT ), mostra que as pessoas tendem a formar par com aqueles que são parecidos com elas – em termos de inteligência, experiência e nível cultural e atratividade. Algumas pesquisas chegam a sugerir que apenas imitar alguém pode aumentar a proximidade.
4. Humor. Os pesquisadores Jeanette e Robert Lauer, especializados em relações amorosas, mostraram em 1986 que em uniões felizes de longa duração os parceiros fazem o outro rir bastante. Outro estudo revela que principalmente as mulheres frequentemente procuram parceiros que as divirtam e vê-las achar graça é atraente para eles – possivelmente porque quando rimos ficamos em uma posição menos defensiva, o que facilita a aproximação. Conhece algumas boas piadas?
5. Novidade. O psicólogo Greg Strong, da Universidade Estadual da Flórida, constatou que as pessoas tendem a se aproximar quando estão iniciando uma nova tarefa. A novidade apura os sentidos e também faz as pessoas se sentirem vulneráveis e se ajudarem mutuamente. Portanto, aprender coisas juntos é um jeito de fortalecer laços.
6. Inibições. Milhões de relacionamentos provavelmente começaram com uma taça de vinho. A inibição bloqueia as sensações de vulnerabilidade, o que pode de fato ajudar a criar vínculos. Ficar bêbado, no entanto, pode surtir efeito contrário.
7. Bondade e perdão. Vários estudos confirmam que tendemos a criar laços com pessoas bondosas, sensíveis e atenciosas. Sentimentos de amor podem emergir com especial rapidez quando alguém muda de comportamento deliberadamente - por exemplo, desistindo de fumar ou de beber - para se adaptar às nossas necessidades. Em geral, o perdão também cria vínculos e cumplicidade.
8. Toque e sexualidade. Uma massagem nas costas pode fazer maravilhas. Mesmo se aproximar de alguém, sem de fato tocar, pode despertar em ambos inúmeras sensações. Vários estudos, um deles realizado pela psicóloga social Susan Sprecher, da Universidade Estadual de Illinois, aponta que a sexualidade pode reafirmar sentimentos de proximidade e carinho.
9. Comprometimento. Estudos de pesquisadores como a psicóloga Ximena Arriaga, da Universidade de Purdue, sugerem que o compromisso é um elemento essencial na construção do amor. Pessoas cujos comprometimentos são fracos interpretam o comportamento de seus parceiros mais negativamente, o que com o tempo pode destruir a relação. Quando se tem a firme intenção de manter o relacionamento, os problemas conjugais são mais facilmente relativizados. Pesquisas científicas ilustram como as pessoas se apaixonam e sugerem técnicas para construir relacionamentos consistentes.
Fonte: Mente e Cérebro
retirado de http://www.guiame.com.br/v4/32670-1702-O-que-a-ci-ncia-tem-a-dizer-sobre-a-intimidade.html

1 comentários:

Elba disse...

Belo texto. Concordo com as pesquisas, estar perto de quem se quer bem, ser bem humorado, ter comprometimento e crescer junto realmente são características importantes para um bom relacionamento. Ninguém gosta de se aborrecer nem mesmo ficar dando explicações o tempo todo de comportamentos que você tem ou deixa de ter. Será essa a fórmula do amor?

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