sexta-feira, 22 de outubro de 2010 | By: Cinthya Bretas

Fórmulas de se relacionar que se repetem


Quando foi que isso começou a acontecer?A memória procura, mas não consegue discernir em qual momento, aonde existia uma relação existe agora um tenebroso campo de batalha.
Agora, sem entender nem como, nem porque você olha para o lado e desconhece a pessoa que seria sua eterna parceria.
Ao seu lado uma pessoa com a qual a cada dia fica mais e mais difícil iniciar uma conversa. Esta conversa que quando se começa muitas vezes termina em acusações, elevação do tom de voz em palavras que desejam ferir.
Os olhares já não mergulham mais uns nos outros, apenas se esbarram evitando o encontro pelos espaços da casa. As mãos agora só se tocam por mera necessidade.
À hora de dormir sem sequer desejar uma boa noite, os corpos se voltam a hemisférios opostos. No silêncio da noite você se pergunta onde foi parar a pessoa pela qual abriu mão de relações ou escolhas profissionais.Pela qual brigamos com a família, arquivamos desejos, muitos vezes interrompendo caminhos, somente pelo desejo de criar, a partir desta relação , o eixo principal de uma vida cuja única direção seria a do Amor.
Múltiplas e diferentes variáveis interceptaram este sonho de felicidade amorosa transformando-o num desastre de intolerância, mágoa e dor. Aconchego, confiança, satisfação sexual, proteção, todo um sonho de felicidade esmagado sob infinitas trocas de acusações. 
Eis um sofrimento que pode crescer continuamente e afetar o físico.Seu coração que está partido, apresenta palpitações ,descompasso , dói concretamente.A pressão sobe,  a depressão aumenta.
E o seu olhar corre o risco de se entrelaçar com outros olhares acreditando que ali se encontra o resgate definitivo do amor perdido.
Mas aí, eis que começa a saga que conduz a estranha repetição viciada de escolhas, acordo e resultados.
Quantas vezes será necessário repetir até entender que é urgente parar?
Parar e refletir, parar e questionar. Talvez, mais ainda, parar e solicitar uma intervenção que possa contribuir para finalizar de vez a esta versão pessoal de filme de ficção científica, sempre de volta para o passado?
Até que ponto, no insuportável da dor deve-se chegar para admitir que nem sempre o simples papo com os amigos, os conselhos da família resolvem situações reincidentes?
Às vezes é necessário um outro parecer, treinado para este trabalho especial que junto com você poderá aprofundar os questionamentos, voltar sua percepção a outras direções e descobrir assim novas maneiras de resposta emocional e uma nova maneira de se relacionar e ser feliz.
Talvez seja este o momento de um investimento terapêutico porque fazer terapia não é um bicho de sete cabeças e ainda que possa doer este exercício acompanhado de revisar a vida, passar a limpo as escolhas revirar os túmulos empoeirados de nossas perdas e lutos, por certo doerá menos que se descobrir repetindo os mesmos erros, encontros e escolhas equivocados desnecessáriamente.
Autoria: Cinthya Bretas

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